Marc Chagall criou o seu próprio mundo colorido de mitos e magia,
cheio de estranhas criaturas e eventos miraculosos. Ainda assim, a sua arte foi
essencialmente baseada em memórias e experiências reais, que ele transmutou no
caldeirão da sua imaginação. Um homem quase inteiramente absorvido pelo seu trabalho e pela sua vida familiar, destinado a confrontar-se com as mais variadas
culturas, a atravessar guerras e revoluções e a passar por fugas e exílio.
Consequentemente, em qualquer relato sobre Chagall, a arte e a autobiografia
estão intimamente interligadas, ainda que de forma indireta.
Chagall nasceu em 7 de julho de 1887 numa família pobre em
Pestkovatik, uma vila na província ocidental da Rússia czarista que é agora a
independente Bielo-Rússia. Poucos anos depois, os Shagals mudaram-se para uma
cidade próxima, Vitebsk, que se tornou um dos principais marcos nos quadros de
seu filho. O mais velho dos nove filhos, Moshe Shagal - nome mais tarde
transformado para o francês como Marc Chagall - cresceu na atmosfera fechada de
uma comunidade judia da Europa Oriental que ainda era sujeita a perseguições e
a ferozes explosões de violência oficial e não-oficial.
Algumas das suas obras:
Adão sendo expulso do paraíso, 1912
Auto retrato com sete dedos, 1912
Eu e a aldeia, 1912
Minha noiva com luvas pretas, 1909
O Soldado bébe, 1912
Sabbath, 1912
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